segunda-feira, 26 de abril de 2010

Platão e Cristo.


Por Percival de Souza

Platão o filosofo que nasceu em Atenas, tinha ombros largos - dai o apelido que o tornou mais conhecido do que o Nome próprio, Arístocles - mas não teve "costas quentes" para salvar da morte o amigo Sócrates, condenado a ingeir cicuta. Sua Academia era um ponto de encontro mensal, cujos pratos eram um banquete e uma conversação filosofica.
Uma de suas obras levou o nome de epistolas. O Cristianismo da igreja primitiva bebeu muito de sua fonte e de plotino fundador do Neoplatinismo.
Um de seus personagens em forma de mito chamava-se Giges. A narrativa está em A República.
Era um camponês que viva de pastorear ovelhas, que e deparou com um enorme buraco. Lá dentro estava o corpo de um homem, que trazia num dos dedos um anel.
Giges se apoderou deste anel e percebeu que ele lhe confere o extraordinario poder de se tornar invisivel. E com essa proteção afastada da ética e do escrúpulo, engendrou uma serie de crimes. Como molestar a rainha, eliminar fisicamente o Rei e tornar-se dono do poder.
Neste mito de Platão , instigante como o Mito da caverna, ele faz transparecer a tendência do ser humano em fazer tudo o que não deve, desde que não esteja sendo visto. Um crápula anônimo.
Vivemos tempos semelhantes ao mito de Platão. Os corruptos por exemplo, planejam seus atos de rapinagem na certeza de que não serão descobertos. Os autores de crimes se imaginam capazes de cometer atos perfeitos e não serem identificados como autores, ludibriando a todos- circunstância que inspirou Conam Doyle, o criador de sherlock Holmes, aescrever: "não existe crime perfeito e sim investigações imperfeitas".
O Anel imaginario de Platão sai do dedo para embotar consciências, estabelecendo diferenças abissais entre aquilo que se é, e aquilo que se procura apenas dar a impressão. Muitos eunucos morais trazem mascaras no rosto, permanentemente. Elas não são venezianas. Escondem o verdadeiro carater. Tantas vezes nos surpreendemos com pessoas capazes de certas coisas que, quando as descobrimos, ficamos perplexos diante das hipocrisias, falsidades, engodos, dissimulações, perversidades camufladas. Assutam-nos os "sepulcros caiados", como resumem sabiamente as escrituras (MATEUS 23:27).
O Anel de Platão contamina, corroi, deforma, estraga, camufla, engana, dissemina o Cinismo.
Cultive a forma de se dizer uma coisa e fazer outra, exigir aquilo que não que não se pratica, deturpar palavras ( e a propria Palavra) em interesseiro proveito proprio.
Albert Einstein percebeu aquilo que muito se faz ( até nos dias de hoje) e advertiu: "Basta de dizer a Deus o que Ele deve fazer". Essa hersia está sendo praticada por toda parte, inclusive em pulpitos roucos, como se o Altissimo devesse cumprir (rigorosamente) as determinações de um atrevido pseudo-iluminado de plantão.
Criaturas pretendendo dar ordensao Criador. Jogue fora o Anel de platão. Preserve o dedo. O Evangelho precisa ser muito mais visivel. E menos oculto.

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