segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

As marionetes do Pinheirinho, da Crackolândia e de tantos outros buracos por ai !


O Brasil assistiu a uma mini-guerra civil dias atras na cidade de São José dos Campos interior de São Paulo, o motivo foi a desapropriação de um
terreno avaliado em 400 milhões de reais do empresário Libanes Naji Nahas, conhecido por diversas fraudes financeiras!!!
Uma juíza liberou um mandato de que dava de volta ao Nahas o terreno que tem um divida de 15 milhões em IPTU não pagos pelo proprio e aonde
mora 2000 famílias! Foi mobilizado centenas de policiais militares na operação, afinal alguém tinha que fazer o serviço sujo, uma guerra de marionetes
contra marionetes, sim é assim mesmo que penso, nessa onde de criticas a PM, tem críticos que só veem um lado da moeda!
Penso assim pelo fato de que a policia é hoje um mal necessário, mas voltando ao pinheirinho entre policiais e manifestantes o que eu via era atras de
cada um deles, uma família, uma historia, dores, alegrias, sentimentos e etc
Enquanto de longe no conforto de um gabinete alguém dava ordem para as Marionetes fardadas, atacarem as marionetes no pinheirinho, penso que muitos
daqueles militares não queriam estar ali, assim como aqueles moradores sem um endereço fixo, ninguém quer viver nessas circunstancias!
Mas os militares tinham que cumprir as ordens de cima, pois tem mulheres e filhos para sustentar, assim como as mulheres e filhos dos manifestantes precisam
de um teto e de comida, E ai eu pergunto ao GOVERNO PAULISTANO, que ganhou nessa briga hein, o NAHAS é claro, enquanto as marionetes dos dois lados
se fodem uns em maior outros em menor grau!!!
Dai aparece um monte de revolucionariozinho de internet que compra pino de cocaina na balada e começa a discursar bonito, que a policia blá, que o psdb blá
mas nunca fez nada pra melhorar a vida do proximo, pra mim vcs são pau no cú !!!
Meter o pau na operação da crackolandia é facil, vai lá pedir pros traficantes irem pra igreja, ou pararem de destruir a vida daquelas pessoas, vcs vão tomar é bala.
É assim que eu penso, se gostou ou não do que leu não vai mudar nada em minha vida, muito menos na sua, pois no fim estamos todos estragados, agente não tem
mais jeito, o que resta é torcer pra geração que veem possa fazer a diferença na vida da sociedade brasileira!!!
Pois hoje quem perde somos nós, a população composta por policiais, padeiros, pedreiros, operarios e tantos outros, enquanto os poderosos e o tal do Naji Nahas
ganharam mais uma vez !!!!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

De novo, sobre inferno


Castigo terrível enviou Deus sobre os soldados do exército dos filisteus como punição por haverem roubado aquilo que de mais sagrado havia para o povo escolhido, a arca onde estavam guardadas as tábuas com os dez mandamentos. O castigo terrível foi que todos os soldados filisteus foram atacados de hemorróidas. E diz o texto que o seu sofrimento era tão grande que os seus gemidos eram ouvidos de muito longe (I Samuel 5.12). Pois, se eu fosse Deus, enviaria praga parecida contra todos os que espalham o boato de que ele tem uma câmara de torturas particular, para seu deleite eterno, chamada inferno. Não posso imaginar nada mais horrendo que se possa falar contra Deus, pois é inimaginável que um Deus de amor castigue com sofrimentos eternos pecados que foram cometidos no tempo. E esses maledicentes ainda justificam seus boatos dizendo que Deus faz isso por ser justo, sem se dar conta de que a justiça divina é aquilo que Deus faz para curar a sua criação de qualquer tipo de sofrimento. É Jesus que diz: “Se vós, sendo maus, sabeis dar presentes bons aos vossos filhos, quanto mais Deus!“

Os meus argumentos não foram suficientes, e houve aqueles que me acusaram de heresia, por não acreditar no que está dito nos textos sagrados. Argumentam: “Não foi o próprio Jesus que contou a parábola do rico e do Lázaro, o Lázaro indo para o céu depois da morte e o rico indo para o inferno? Se Jesus falou, há de se acreditar.“

Pois eu acredito. Acredito nas parábolas como acredito nos poemas. Poemas e parábolas são metáforas que falam sobre os cenários da alma humana. Um psicanalista diria: são sonhos que lançam luz nos porões escuros do inconsciente. Lembro-me de uma mulher que me relatou que, num sonho, ela tinha um furúnculo dentro da cabeça, bem ao lado do ouvido, o furúnculo latejava e doía muito. Até que, repentinamente, o furúnculo começou a vazar pelo ouvido. E o que saía pelo ouvido - pasmem - não era pus. Saíam sementes de maracujá! Doido seria eu se interpretasse o sonho literalmente e enviasse a mulher a um neurocirurgião para extrair o dito furúnculo. Esse sonho foi uma estória (revisor, por favor, não corrija “estória“ para “história!“) por meio da qual o inconsciente dela lhe revelava, de maneira gentil e bem humorada, um sofrimento e um prazer que ela se recusava conscientemente a compreender. É claro que não havia furúnculo algum dentro da sua cabeça. O furúnculo estava dentro da sua alma que tratava de expelir as sementes de maracujá? (O que eram elas, as sementes de maracujá? Não dá para explicar agora.) Todo mundo sabe a estória de Davi, rei-poeta, que seduziu Betsebá, mulher de um dos seus generais, engravidando-a. Para esconder o seu pecado mandou matar Urias, marido de Betsebá. Natan, profeta, dirigiu-se ao rei e lhe contou esta parábola: “Um homem tinha mil ovelhas. O seu vizinho tinha uma única ovelha, que ele muito amava. Pois o que tinha mil ovelhas, querendo comer um churrasco, roubou e matou a única ovelha do seu vizinho pobre.“ Contada a parábola o profeta perguntou ao rei: “Que castigo merece esse homem?“ Davi respondeu: “Que esse homem seja punido com a morte“. Ao que o profeta lhe disse: “Esse homem és tu.“ O rico, dono de mil ovelhas nunca existiu. E nem existiu o pobre, dono de uma ovelha. O profeta falou por meio de metáforas. Parábolas não têm o propósito dar informações verdadeiras do mundo de fora. O seu objetivo é revelar o mundo de dentro.

Pois o mesmo é para ser dito das parábolas de Jesus. O filho pródigo, o filho modelo e o pai bondoso nunca existiram. E nunca existiu também a mulher que perdeu a moeda. E nem o bom samaritano e o pobre espancado pelos ladrões. Essas são estórias, nunca aconteceram. Nunca aconteceram porque acontecem sempre, na alma da gente. Quem acredita que elas aconteceram de fato, em algum lugar do passado, não está percebendo que elas falam sobre o que está acontecendo aqui, no presente.

Se vão acreditar nas parábolas literalmente, então preparem-se: Jesus contou uma parábola de um homem que ia se casar com dez virgens, numa mesma noite (Mateus 25:1-12). Se essa parábola for interpretada da mesma forma como foi interpretada a parábola do rico e do Lázaro, literalmente, então teremos de chegar à conclusão de que o Reino dos Céus é um lugar machista, onde os homens se casam com dez mulheres numa mesma noite... E, se isso é verdadeiro para o reino dos céus, tem de ser verdadeiro também para a terra, pois está dito no Pai-Nosso, “assim na terra como nos céus...“

A parábola do rico e do Lázaro não fala sobre um lugar exterior chamado inferno. Ela fala do fogo que jamais se acaba, dentro da alma, chamado remorso. O que o rico desejava era que Lázaro molhasse sua língua, no seu sofrimento. Ele desejava ser perdoado. Mas Lázaro já havia morrido. E ele, Rico, estava condenado a sofrer a dor do seu remorso.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O que é Hard Core.



Por Marcelo Soldado - Coração de Herói.

UM DIA , ACHEI QUE HARDCORE ERA QUEBRAR, SOCAR, CHUTAR, ATROPELAR, ESMAGAR, IMPO...R, DOMINAR, SER MARRENTO, SER FOLGADO, SER MAIS QUE QUALQUER UM. QUER SABER, PARCEIRO? EU ESTAVA ERRADO!

HARD=DURO / CORE=NÚCLEO
HARDCORE É TER FIRMEZA INTERIOR! ESTA FIRMEZA PODE SER PARA O BEM , COMO PODE SER PARA O MAL !

HOJE, LUTO PELA PAZ DA CENA. SE VOCÊ FALA DE PAZ E UNIÃO, MAS DÁ PORRADA EM MOSHPIT,NA MALDADE, PRA PROVAR TUA FORÇA, POR FAVOR, DESCONSIDERE-ME COMO AMIGO! ESTOU EM OUTRA, MINHA BANDA ESTÁ EM OUTRA! QUANDO LUTARMOS PELO MESMO IDEAL, VOLTAMOS A SER AMIGOS!

ESTA BANDA FOI CRIADA PARA TRAZER UMA NOVA VIBE PRA CENA ...
FUI MULEKE PRA ERRAR, HOMEM PARA ADMITIR, E MAIS HOMEM AINDA PARA PEDIR PERDÃO ÀQUELES QUE FERI OU DEI UM MAL EXEMPLO!
NÃO ABRIREI MÃO DESTA CRUZADA PELA PAZ NA CENA!
SEJA ESTA A MINHA REAL COLABORAÇÃO PARA A HISTÓRIA DO HARDCORE E DO METAL NO BRASIL : A PAZ , O RESPEITO , A POSITIVIDADE, A APROXIMAÇÃO DOS INÚMEROS ESTILOS!

SEMPRE FIZ O SOM PENSANDO EM VOCÊS !!! QUANDO ESTOU COMPONDO , FICO IMAGINANDO A GALERA PULANDO NESTA PARTE , ACELERANDO O MOSH NA OUTRA ... É ASSIM !!! TUDO OQ FAÇO É PARA VOCÊS .... SEMPRE FOI E SEMPRE SERÁ !!! COM O CORAÇÃO DE HERÓI TRAGO UMA PALAVRA DE FÉ , DE POSITIVIDADE, DE COMBATE ... LUTANDO CONTRA O SISTEMA , POR VOCÊS !!!

QUANDO MUDEI ?! QUANDO PERCEBI O TAMANHO DA MINHA RESPONSA COMO MÚSICO !!! ENTÃO ME PERGUNTEI : " QUE TIPO DE PESSOAS FORMAREI COM A MÚSICA QUE FAÇO ?! AS QUE LUTARÃO UMAS CONTRA AS OUTRAS ... OU ... AS QUE LUTARÃO UMAS PELAS OUTRAS ?!
ASSIM NASCEU O CORAÇÃO DE HERÓI !!!


Obrigado ao Soldado, queria que vc mano, soubesse que hoje me espelho em vc, que Deus abençoi e ilumine sua vida, sua familia e claro o Coração de Herói.

Tom Rodrigues.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Ser Herói.


Ser herói não é necessariamente ser famoso, ou um astro de Hollywood.
Ser herói não é ser reconhecido por fazer isso ou aquilo.
Ser herói não é ser aplaudido por multidões ou ser intocavél.

Os verdadeiros heróis são os que tornam magnifica uma vida que já não podem suportar.

Não é filme, livro ou poesia que relatam isso.

Se a Igreja fosse mais compreensível com as pessoas que tem sofrido e passado por momentos dificeis
carregando fardos pesados, Jesus com certeza se alegria com sua noiva. Pastores de frases feitas, persuasivas
com pregações infantilmente imbecis, tem levado as ovelhas para o matadouro e desviando do caminho da
salvação.
Quando a Igreja pregar o Evangelho Puro e Simples, ai sim haverá vida em abundância, fome saciada e perspectiva
para o povo.
Uma formiga carregando em suas costa uma folha, não representa nada para nós, mas para ela é uma carga
duzentas vezes mais pesada que ela, seria como um elefante carregar um edificio.
Minhas palavras são essas pois pessoas tem sido verdadeiros herois carregando fardos pesadissimos nas costas
tanto fisico quanto espiritual, e alguns continuam a não ligar, como se não fosse problema nosso.

Heróis e heroinas sofrendo por um amor não correspondido, por frustrações pessoais, heróis obesos sofrendo com
a zombação e rejeição das pessoas como se eles quisessem ser assim.
Heróis negros vitimas do preconceito racial, sabendo que em muitos casos as palavras de um branco vale mais
que a sua (só quem passou sabe como doi).
Jesus já tirou esse fardo e carregou na cruz por nós, mas o cabresto do sistema religioso impede as pessoas
de verem isso, a libertação.

Oremos por esses heróis que ainda estão presos aos muros do grande mal, que possam ver que o Jesus que cura
enfermidades, que liberta de vicios e espiritos malignos, que supre nossas necessidades fisicas e espirituais, e acima
de tudo isso que vejam que ele não é um tirano, mas um AMIGO.


Terra da garoa, 16/02/2011

Tom Rodrigues.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O homem rico e seu filho pobre







Certa vez existiu um rico homem que possuía muitos tesouros e a quem todos amavam e respeitavam. Muito cedo, seu filho fugiu e vagou por muitos países.



Anos mais tarde, seu filho retornou à cidade onde seu pai fixara residência. O filho tornara-se pobre e sem recursos, vagando em busca de comida e abrigo. Espreitando no portal de uma grande cidade, o filho notou o homem mas não o reconheceu como sendo seu pai.

O filho imaginou que poderia conseguir trabalho na casa do rico homem, mas sentindo-se intimidado e inoportuno, ele evitou aproximar-se do homem rico..

O homem rico, contudo, reconhecera imediatamente que o podre homem era seu desaparecido filho e ordenou a um servo que corresse atrás dele e trouxesse-o de volta. Mas quando o servo o alcançou, o pobre homem assustou-se, temendo que ele tivesse vindo para ferí-lo.

Vendo o miserável estado de vida do pobre homem, o rico homem ordenou a outro servo para que se vestisse com farrapos, assumindo uma aparência humilde. Mandou, então, que esse servo, assim vestido, procurasse novamente seu pobre filho e lhe oferecesse trabalho doméstico em troca de um pequeno pagamento.

O filho alegremente aceitou o trabalho e sinceramente esforçou-se para realizar suas humildes tarefas. Aos poucos, ele começou a acostumar-se com o homem vestido com farrapos, que ia lhe dando mais e mais responsabilidades em seu trabalho. Após 20 anos, ele tornou-se confiável o suficiente para administrar os negócios do rico homem. Assim, com a proximidade, o filho começou a admirar o rico homem, ainda não percebendo, porém, que ele era seu pai.

Em seu leito de morte, o rico homem reuniu seus parentes e empregados e, apontando para seu pobre filho, proclamou : "Este homem é meu verdadeiro filho. Espero que compreendam isto."

Ouvindo essas palavras de seu pai, o filho exaltou-se, percebendo que ele havia recebido um enorme tesouro sem procurar por ele "



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Explanação

No terceiro capítulo do Sutra de Lótus (Hiyu), por meio da parábola das "Três Carroças e da Casa Incendiando-se", o Buda Sakyamuni explica aos Quatro Grandes Homens de Erudição que os três veículos (estados, ou caminhos -- ver os princípios budistas, neste site) da Erudição, Percepção (ou Absorção) e Bodhisattva, podem ser desvendados para revelar o veículo do Buda. No quarto capítulo (Shinge), os Quatro Grandes Homens de Erudição relatam que esta parábola do "Homem Rico e
seu Filho Pobre" indica que eles entenderam os ensinos de Sakyamuni.

Sakyamuni nos explica que o Homem Rico desta parábola pode ser comparado ao Buda, enquanto que seu Filho Pobre, aos mortais comuns que vagueiam pelos seis mundos (ou estados, ou caminhos de vida) inferiores, controlados pelos seus desejos básicos.

O Buda conduz as pessoas, por vários expedientes, a uma condição de vida superior, possibilitando-lhes assim que alcancem uma suprema condição de vida iluminada, a qual eles jamais esperaram que seira possível alcançar.

Já Nitiren Daishonin nos chama a atenção que o filho dessa parábola são todos nós, os mortais comuns desta era atual, cheia de violência, desrespeito ao homem, inversão e falta de valores humanos, desamor, egoísmo, individualismo exacerbado, desemprego, desarmonia, incertezas e
sofrimentos. Porém, Nitiren Daishonin nos alerta para o fato de que os tesouros e riquezas, citados na parábola, indicam o Estado de Buda inerente em todas as pessoas.

O fato do filho pobre, casualmente, ter ido até a casa de seu pai, pode ser comparado ao fato de termos sido apresentados ao Gohonzon, sem termos tido qualquer esforço para descobrí-lo. Assim como o filho sentiu-se satisfeito ao encontrar trabalho doméstico, nós também freqüentemente iniciamos nossa prática orando por coisas mundanas e transitórias, como dinheiro, amizades, empregos e assim por diante.

Eventualmente, o Filho acordou para o fato de possuir o inestimável tesouro do Estado de Buda dentro de sua vida.

O Buda possui as três virtudes de soberano, mestre e pais, e, através de sua benevolência e sabedoria, utiliza-se do expediente de benefícios conspícuos para conduzir as pessoas desta nossa época ao Nam-myoho-rengue-kyo.

Pela prática do Budismo de Nitiren Daishonin, podemos obter um grande benefício nesta existência : uma inesperada e suprema condição de vida iluminada, manifestando, em nós mesmos, o Buda inerente no âmago de nossas próprias vidas.

MARA SALVATRUCHA


Continuando na apresentação das referências e das tatuagens de cadeia, agora trago uma que me chamou bastante atenção pelo excesso e pela localização de suas tatuagens. A MS 13 (como é abreviado seu nome) é uma gangue que começou nos anos 80 com imigrantes fugitivos da guerra civil de El Salvador, instalados nas áreas de baixa renda de Los Angeles. Porém, esse fluxo de imigrantes buscando emprego e moradia não foi bem recebido pela população local (mais precisamente pelas gangs já existentes) que acabaram tornando-se vítima da violência das gangues já existentes.

Para se defender das hostilidades os ex-guerrilheiros se juntaram, e a gangue logo ficou conhecida como a mais violenta da região, substituindo rapidamente seus rivais. Ganharam territórios e pontos de venda de drogas, o que fez a quadrilha crescer ainda mais. Seu nome vem da combinação de “Mara”, gíria que significa “bando”, ou gangue de rua, e o termo “Salvatrucha”, um termo usado para designar pessoas vindas de El Salvador. Já o numero 13 é atribuído como homenagem a “Mexican Máfia”, gangue de mexicanos nos presídios californianos, onde a formação das quadrilhas não se dá mais por motivos bairristas, como eram nas ruas. Quando dentro dos presídios, as gangues passam a se agrupar por motivos étnicos, como a Arian Brotherhood e a Black Guerrilla Family. O numero 13 carrega também um significado mais próximo com a violência da gang, pois um jovem para se tornar membro da Mara, tem que passar por uma sessão de 13 segundos de espancamento. Um pouco depois, a partir de membros de outras gangues de mexicanos e alguns poucos desertores surge um grupo rival, a Mara 18, quase tão numerosa e igualmente temida, e que carrega este nome por ter se iniciado a partir da 18 street.

Toda essa movimentação de drogas e violência acabou resultando na deportação de membros da MS 13. Mas esta medida do governo americano não resolveu a situação, pelo contrario. De volta a El Salvador, a quadrilha cresceu rapidamente e tornou-se a maior do país, também se espalhou pela Guatemala, Honduras, e outros países da América, e seus integrantes chegam a aproximadamente 70 mil. O problema ficou então bem maior e levou, em 2004, Honduras e El Salvador a implantarem leis anti-gangues, onde um suspeito de pertencer a organizações criminosas poderia ser preso por até 12 anos. E ter uma tatuagem com referências às tais gangues, já era considerado prova suficiente para prender um suspeito, o que fez com que os iniciados na quadrilha, gradativamente parassem de se tatuar.




As tatuagens denunciavam, claramente, um “mara”, isto porque para merecer uma tatuagem da gang e entrar de vez para a família, o candidato tinha que matar um membro da gang rival. Só assim estaria apto a receber uma gravação com um MS ou um 18. Todas as imagens tatuadas desde a iniciação tinham algo que relacionasse com a quadrilha ou com a vida do crime (“mi vida loca” como eles comumente se referem). Seja escrita com letras góticas, manuscritas ou com base em letras de pichações, as homenagens ao bando se repente incansavelmente e dividem espaço nos corpos com outros elementos como lapides, grades, armas, e mulheres.

Mas antes destas leis discriminatórias, as tatuagens dos Maras Salvatrucha e dos Maras Dezoito tinham uma característica bem peculiar, principalmente entre tatuagens de cadeia, pois era comum ver os membros da gangue com tatuagens no rosto, pescoço e mãos, lugares difíceis de serem vestidos. Geralmente tatuagens de organizações criminosas tendem a ser mais discretas ou possíveis de serem escondidas, visando a possibilidade do indivíduo não ser facilmente reconhecido e passar despercebido, facilitando assim suas atividades criminosas. Como é o caso dos Yakuza, que tatuam o corpo inteiro, mas tradicionalmente essas tatuagens não podem ultrapassar o pulso, o tornozelo e o pescoço do mafioso.




Tatuar o rosto era comum entre a tribo Maori como prova de coragem, motivo de orgulho e prova de sua posição na hierarquia social, e estas inscrições corpóreas só eram permitidas a homens livres e nobres. Nas Maras, essas características de coragem e orgulho também são notadas, bem como um sentido de identidade pessoal/coletiva. Ao tatuar o próprio rosto com os símbolos de suas gangues, o jovem demonstra sua bravura e seu desejo de pertencer a “família” (como eles se chamam) assumindo permanentemente a identidade do grupo. Abrir mão das características físicas mais notáveis quanto a individualidade e identidade para carregar as marcas de seu bando no local mais visível do corpo “los maras” demonstram convicção e um forte comprometimento com o grupo, além do significado de braveza por ter passado por um ritual doloroso e com conseqüências para o resto da vida.

O que antes era inegavelmente particular, agora passa a pertencer ao coletivo.

A História de Nossa Senhora de Guadalupe





Nossa Senhora de Guadalupe é padroeira do México, e a história de sua aparição desafia a ciência moderna.

No dia 9 de dezembro de 1531, na cidade do México, Nossa Senhora apareceu ao nobre índio Quauhtlatoatzin — que havia sido batizado com o nome de Juan Diego — e pediu-lhe que dissesse ao bispo da cidade para construir uma igreja em sua honra. Juan Diego transmitiu o pedido, e o bispo exigiu alguma prova de que efetivamente a Virgem aparecera. Recebendo de Juan Diego o pedido, Nossa Senhora fez crescer flores numa colina semi-desértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia levar ao bispo. Este o fez no dia 12 de dezembro, acondicionando-as no seu manto. Ao abri-lo diante do bispo e de várias outras pessoas, verificaram admirados que a imagem de Nossa Senhora estava estampada no manto. Muito resumidamente, esta é a história, que foi registrada em documento escrito. Se ficasse só nisso, facilmente poderiam os céticos dizer que é só história, nada há de científico.

Os problemas para eles começam com o fato de ter-se conservado o manto de Juan Diego, no qual está impressa até hoje a imagem. Esse tipo de manto, conhecido no México como tilma, é feito de tecido grosseiro, e deveria ter-se desfeito há muito tempo. No século XVIII, pessoas piedosas decidiram fazer uma cópia da imagem, a mais fidedigna possível. Teceram uma tilma idêntica, com as mesmas fibras de maguey da original. Apesar de todo o cuidado, a tilma se desfez em quinze anos. O manto de Guadalupe tem hoje 475 anos, portanto nada deveria restar dele.

Uma vez que o manto (ou tilma) existe, é possível estudá-lo a fim de definir, por exemplo, o método usado para se imprimir nele a imagem. Comecemos pela pintura. Em 1936, o bispo da cidade do México pediu ao Dr. Richard Kuhn que analisasse três fibras do manto, para descobrir qual o material utilizado na pintura. Para surpresa de todos, o cientista constatou que as tintas não têm origem vegetal, nem mineral, nem animal, nem de algum dos 111 elementos conhecidos. “Erro do cientista” — poderia objetar algum cético. Difícil, respondemos nós, pois o Dr. Kuhn foi prêmio Nobel de Química em 1938.(2) Além do mais, ele não era católico, mas de origem judia, o que exclui parti-pris religioso.

No dia 7 de maio de 1979 o prof. Phillip Serna Callahan, biofísico da Universidade da Flórida, junto com especialistas da NASA, analisou a imagem. Desejavam verificar se a imagem é uma fotografia. Resultou que não é fotografia, pois não há impressão no tecido. Eles fizeram mais de 40 fotografias infravermelhas para verificar como é a pintura. E constataram que a imagem não está colada ao manto, mas se encontra 3 décimos de milímetro distante da tilma. Para os céticos, outra complicação: verificaram que, ao aproximar os olhos a menos de 10 cm da tilma, não se vê a imagem ou as cores dela, mas só as fibras do manto.

Convém ter em conta que ao longo dos tempos foram pintadas no manto outras figuras. Estas vão se transformando em manchas ou desaparecem. No caso delas, o material e as técnicas utilizadas são fáceis de determinar, o que não acontece com a imagem de Nossa Senhora.

Talvez o que mais intriga os cientistas sobre o manto de Nossa Senhora de Guadalupe são os olhos dela. Com efeito, desde que em 1929 o fotógrafo Alfonso Marcué Gonzalez descobriu uma figura minúscula no olho direito, não cessam de aparecer as surpresas. Devemos primeiro ter em vista que os olhos da imagem são muito pequenos, e as pupilas deles, naturalmente ainda menores. Nessa superfície de apenas 8 milímetros de diâmetro aparecem nada menos de 13 figuras! O cientista José Aste Tonsmann, engenheiro de sistemas da Universidade de Cornell e especialista da IBM no processamento digital de imagens, dá três motivos pelos quais essas imagens não podem ser obra humana:

• Primeiro, porque elas não são visíveis para o olho humano, salvo a figura maior, de um espanhol. Ninguém poderia pintar silhuetas tão pequenas;

• Em segundo lugar, não se consegue averiguar quais materiais foram utilizados para formar as figuras. Toda a imagem da Virgem não está pintada, e ninguém sabe como foi estampada no manto de Juan Diego;

• Em terceiro lugar, as treze figuras se repetem nos dois olhos. E o tamanho de cada uma delas depende da distância do personagem em relação ao olho esquerdo ou direito da Virgem.

Esse engenheiro ficou seriamente comovido ao descobrir que, assim como os olhos da Virgem refletem as pessoas diante dela, os olhos de uma das figuras refletidas, a do bispo Zumárraga, refletem por sua vez a figura do índio Juan Diego abrindo sua tilma e mostrando a imagem da Virgem. Qual o tamanho desta imagem? Um quarto de mícron, ou seja, um milímetro dividido em quatro milhões de vezes. Quem poderia pintar uma figura de tamanho tão microscópico? Mais ainda, no século XVI...

O anarquista espanhol Luciano Perez era um desses, e no dia 14 de novembro de 1921 colocou ao lado da imagem um arranjo de flores, dentro do qual havia dissimulado uma potente bomba. Ao explodir, tudo o que estava perto ficou seriamente danificado. Uma cruz metálica, que ficou dobrada, hoje se conserva no templo como testemunha do poder da bomba. Mas... a imagem da Virgem não sofreu dano algum.