quarta-feira, 28 de abril de 2010

A Moda é ser quem não se é




Temos o culto às drogas, ao artista do momento, às roupas da moda, a, à magreza; temos o fanatismo pela última-maior-cantora-pop-do-momento, a autoexposição, o sedentarismo, ou o culto exagerado pelo próprio corpo;temos a 'iconização' do cantor/ator polêmico que vive se envolvendo em escândalos, o descaso pela nacionalidade, a desvalorização da educação...e por aí vai.
A moda agora é ser bonito, descolado e doidão. Ou ser cult. Ou gostosona. Não importa - você TEM que ser (parecer) alguma coisa.
A coisa da identificação, de se "encaixar" é um grupo, é completamente normal nessa idade. Mas não é essa a questão: a questão é que essa geração é completamente desprovida de auto-respeito, de amor próprio e de valores.
A moda, portanto, é ser OCO. É não ter nada a dizer. É não pensar. É ser desmiolado. Ser irrefletido e fútil.
Eu já passei por mil fases ao longo da minha vida...inclusive a de querer parecer ser "descolado", moderno. Mas foi uma fase, curta, porém valiosa, importante para que eu me formasse como sou hoje. Porém, não tão desprovida de ideais. Na minha época, ainda havia sonhos, objetivos de vida. Ainda se gostava de música boa, de bons filmes, lia-se bons livros...não era importante ouvir a última-banda-do-momento, ou ver o último lançamento no cinema... o vestibular ainda era um sonho suado, que tomava nosso tempo e tirava nosso sono...enfim, era diferente.
Eu tenho uma irmã que está "naquela" idade de querer ser igual a todo mundo...fico vendo isso e tentando ter paciência, mas acho um porre a futilidade dela e das amiguinhas...o amor a marcas, a moda, a exagerada sexualidade, o desejo de ser popular e nada mais, ainda que isso envolva ser promíscuo e imbecil...
Sinceramente...Fico assistindo e tenho medo de ter filhos! Um pavor verdadeiro. Quando eu for pai, espero criar meu filho com muita conversa e muita boa informação, para que ele não se torne um ignorante completo cabeça-oca como essa molecada que eu vejo por aí.
Pois como dizia um amigo: É como urinar numa garrafa de Uísque Ballantine's colocar o rotulo, selar a garrafa e servir a todos, os quais bebem o "rotulo", sem saber que se alimentam de uma mentira , ou melhor uma mera produção de excrescência humana:URINA!
Não sei se minha mente é primitivamente atrasada, ou se estou anos-luz a frente desse mundo atual, mas eu não consigo me vender para esse sistema filho da puta.
Estou cansado de pessoas gananciosas e arrogantes que sempre querem mais.
Estou cansado de pessoas que se alegram na derrota do proximo, fazem de tudo para alcançar o status quo.
Estou cansado de mulheres que estão dispostas a qualquer coisa para se dar bem na vida, e não falo das prostitutas, essas pelo menos são o que são. A prostituição do intelecto é a pior que tem.
Deixo claro que não são todas as pessoas que são dessa forma, é obvio, mas a maioria caminha por esse percurso contrario a sanidade mental do ser humano.
Prefiro acreditar que uma dia isso tudo vai mudar. Mesmo que pareça dificil EU ACREDITO , que essa nuvem cinza vai passar para o SOL ENTÃO BRILHAR.
Só tenho a agradecer a DEUS , pela minha familia, pelos meus amigos que são o motivo que me fazem ter esperança que tudo vai melhorar um dia.
A musica , a Poesia e a literatura são o combustivel que alimentam os motores do meu coração nesse busão da vida, nesse mundo cheio de pessoas vazias de si mesmo.

Deus livre-me de mim mesmo, amém.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Esmagados pela Graça.


Por Ricardo Gondim

Li Os Miseráveis e me assombrei com a genialidade de Victor Hugo. O personagem central da narrativa é Jean Valjean, um egresso das Galés, Impressionei-me como Victor Hugo construiu a historia desse homem bom que lutou contra circunstâncias difíceis e gente perversa. Livre há quatro dias, Jean Valjean não encontrará quem o acolhesse devido ao seu passado. Sua Fama o prejudicava. Cansado, com frio e faminto, ele precisava descançar. Sabendo que o prenúncio de chuva o mataria, Valjean procurou albergue. Em vão, até os cachorros o enxotaram. Até que uma pessoa lhe indicou a casa do Bispo da cidade, D. Bienvenu. Esse santo homem de Deus lhe daria hospedagem.
Quando bateu a porta da casa do Bispo, Jean Valjean não escondeu sua vida pregressa. Mesmo assim, D. Bienvenu o hospedou, convidou-o para dividir a ceia naquela noite e ainda lhe forneceu bons lençóis para a noite de sono. O ex-presidiario, entretanto ainda sofria os efeitos de sua vida no crime. Valjean estava assustado com o mundo e como um animal encurralado, queria se defender. Resolver fugir de madrugada roubando os talheres de prata da casa. Contudo, não conseguiu ir muito longe. Logo que os guardas o pegaram, reconheceram as insígnias do bispo na prataria e o conduziram para ser reconhecido antes de devolvê-lo ao cárcere.
D. Bienvenu não só o perdoou como o libertou quando lhe tratou com deferência e lhe fez uma pergunta desconcertante: " estimo torna-lo a vê-lo. Mas eu não lhe dei também os castiçais? são também de prata como os talheres e poderão render-lhe bem duzentos francos. Porque não os levou também"?
Diante do gesto nobre de relevar o roubo e ainda oferecer os castiçais, Jean Valjean " arregalou os olhos e contemplou o venerado Bispo com tal expressão que nenhuma lingua humana poderia descrever".
O Perdão e o amor gratuito de D. Bienvenu impactaram Valjean de tal maneira que sua vida mudou para sempre. O bispo não só o livrara da acusação da léi como o tornara, dai em diante escravo da bondade.
A gentileza, ou a Graça, esmagou Jean Valjean. Ele nunca mais pôde ser igual. Ao liberta-lo, fez dele servo de um gesto de grandeza.
Paulo dis em Romanos que Deus conduz as pessoas ao arrependimento por sua bondade. " ou será que você despreza as riquezas de sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de deus o leva ao arrependimento?" ( Romanos 2:4).
Portanto, Victor Hugo acertou quando descreveu um pastor de almas como a encarnação da Graça divina. Só o amor tem o poder de transformar a vida de qualquer pessoa. Ninguém muda com ameaças, os arrazoamentos doutrinarios são impotentes para convencer alguém do que é certo. Jesus ensinou que seus discipulos seriam conhecidos pelo amor e não por uma teologia correta. " Com isso todos saberão que vocês são meus discipulos, se vcs se amarem uns aos outros" ( João 13:35).
Quando Deus busca arrependimento, não deprecia seus filhos, quando quer humilhar, prefere exaltar, quando deseja constranger, deixa de lado o rigor da léi e opta pelo elogio. Ao invés de ralhar Deus simplismente recebe o pecador com festa e aposta no seu futuro. Foi assim que Jesus descreveu o Amor do Pai pelo filho pródigo.
O filho voltava para casa ainda sujo, sem se quer mostrar obras dignas de areependimento, mas o Pai apressado o abraçou, colocou o anel em seu dedo, calçou-lhe os pés e o agasalhou com uma capa. O rapaz havia ensaiado um pequeno paragrafo pedindo para ser recebido como "um dos empregados" da casa, mas o velho o interrompeu e deu ordens para que preparassem a festa do bezerro cevado. Apartir daquele dia , o filho se tornou escravo da bondade. A generosidade com que foi recebido, mesmo depois de ter se comportado como um rebelde inconseqüente, causou um impacto tão grande que ele nunca mais poderia voltar a ser o mesmo.
O mundo está cansado. O mundo parece ir de mal a pior. fomes, guerras, pestes inundam o dia-a-dia e as pessoas precisam sentir se amadas. O evangelho traz a mais alvissareira noticia : Deus não fecha a porta. Ele contunua a receber os pecadores para restabelecer-lhes a dignidade, sem prometer castigo. Deus acolhe e honra, dignifica e liberta, desobriga e gera compromisso.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Platão e Cristo.


Por Percival de Souza

Platão o filosofo que nasceu em Atenas, tinha ombros largos - dai o apelido que o tornou mais conhecido do que o Nome próprio, Arístocles - mas não teve "costas quentes" para salvar da morte o amigo Sócrates, condenado a ingeir cicuta. Sua Academia era um ponto de encontro mensal, cujos pratos eram um banquete e uma conversação filosofica.
Uma de suas obras levou o nome de epistolas. O Cristianismo da igreja primitiva bebeu muito de sua fonte e de plotino fundador do Neoplatinismo.
Um de seus personagens em forma de mito chamava-se Giges. A narrativa está em A República.
Era um camponês que viva de pastorear ovelhas, que e deparou com um enorme buraco. Lá dentro estava o corpo de um homem, que trazia num dos dedos um anel.
Giges se apoderou deste anel e percebeu que ele lhe confere o extraordinario poder de se tornar invisivel. E com essa proteção afastada da ética e do escrúpulo, engendrou uma serie de crimes. Como molestar a rainha, eliminar fisicamente o Rei e tornar-se dono do poder.
Neste mito de Platão , instigante como o Mito da caverna, ele faz transparecer a tendência do ser humano em fazer tudo o que não deve, desde que não esteja sendo visto. Um crápula anônimo.
Vivemos tempos semelhantes ao mito de Platão. Os corruptos por exemplo, planejam seus atos de rapinagem na certeza de que não serão descobertos. Os autores de crimes se imaginam capazes de cometer atos perfeitos e não serem identificados como autores, ludibriando a todos- circunstância que inspirou Conam Doyle, o criador de sherlock Holmes, aescrever: "não existe crime perfeito e sim investigações imperfeitas".
O Anel imaginario de Platão sai do dedo para embotar consciências, estabelecendo diferenças abissais entre aquilo que se é, e aquilo que se procura apenas dar a impressão. Muitos eunucos morais trazem mascaras no rosto, permanentemente. Elas não são venezianas. Escondem o verdadeiro carater. Tantas vezes nos surpreendemos com pessoas capazes de certas coisas que, quando as descobrimos, ficamos perplexos diante das hipocrisias, falsidades, engodos, dissimulações, perversidades camufladas. Assutam-nos os "sepulcros caiados", como resumem sabiamente as escrituras (MATEUS 23:27).
O Anel de Platão contamina, corroi, deforma, estraga, camufla, engana, dissemina o Cinismo.
Cultive a forma de se dizer uma coisa e fazer outra, exigir aquilo que não que não se pratica, deturpar palavras ( e a propria Palavra) em interesseiro proveito proprio.
Albert Einstein percebeu aquilo que muito se faz ( até nos dias de hoje) e advertiu: "Basta de dizer a Deus o que Ele deve fazer". Essa hersia está sendo praticada por toda parte, inclusive em pulpitos roucos, como se o Altissimo devesse cumprir (rigorosamente) as determinações de um atrevido pseudo-iluminado de plantão.
Criaturas pretendendo dar ordensao Criador. Jogue fora o Anel de platão. Preserve o dedo. O Evangelho precisa ser muito mais visivel. E menos oculto.

domingo, 25 de abril de 2010

Ele viveu entre nós.

http://www.youtube.com/watch?v=17XkZWn6yFI


Salão do Sindicato dos Cozinheiros de Paris, início da década de 40. 0 presidente indaga quantos trabalhadores tem um mes de férias por ano. Uns tantos se levantam. Quem tem apenas uma semana de descanso. Uns poucos ficam de pé. Quem só obtém licença do patrão para descansar apenas no fim de semana. Outro punhado de pé. Quem nunca descansa? Um rapaz suíço, com pouco mais de um metro e meio de altura, levanta-se ao fundo. Era Alfredo Kunz, um militante cristão.

Meses depois, Alfredinho, como era conhecido, foi mobilizado pelo Exército francês para lutar contra o avanço das tropas de Hitler. Aprisionado, passou a guerra num campo de concentração na Áustria, ao lado de prisioneiros soviéticos. Aprendeu russo para pregar o Evangelho a seus companheiros de infortúnio. Em 1945, logrou fugir do campo, onde morreram cerca de 40 mil pessoas. Estranhou a indiferença dos soldados nazistas que cruzavam com ele, um notório evadido, com uniforme azul e cabeça raspada. Naquele dia, a guerra terminara.

Alfredinho tomou três decisões: tornar-se padre, trabalhar com os mais pobres entre os pobres e jamais vestir outra roupa que não reproduzisse o modelo do uniforme do campo, em memória de seus companheiros mortos.

Ingressou na congregação dos Filhos da Caridade e, a convite de dom Antônio Fragoso, em 1968 veio para a Diocese de Crateús (CE). Perguntou ao bispo qual era a paróquia mais miserável da diocese. Dom Fragoso apontou Tauá, região de seca e flagelo. Alfredinho instalou-se na capela local. Desprovida de casa paroquial, ele dormia no colchão estendido junto ao altar e cozinhava num fogareiro.

Certa noite, foi chamado para atender uma prostituta que, cancerosa, agonizava em seu barraco de taipa, na zona boêmia. Antonieta queria confessar-se. Padre Alfredinho disse a ela: "Somos nós que devemos pedir perdão a você. Perdão pelos pecados de uma sociedade que não Ihe ofereceu outra alternativa de vida. Como Jesus prometeu, Antonieta, você nos precederá no Reino de Deus. Interceda por nós."

Após receber a absolvição e a unção dos enfermos, a mulher faleceu. Não havia dinheiro para o caixão. As prostitutas enrolaram a companheira num lençol e arrancaram a porta de madeira do barraco para levar o corpo a vala comum do cemitério. Ao retornar para colocar a porta no lugar, Alfredinho teve uma inspiração. Durante anos, o vigário de Tauá habitou aquele casebre em plena zona boêmia da cidade.

Num tempo de seca, os flagelados invadiam as cidades do Ceará. Temerosos, muitos fechavam as portas. Alfredinho criou a campanha da Porta Aberta ao Faminto (PAF), cartaz que cerca de 2 mil fami1ias ostentaram em suas casas, acolhendo as vítimas do descaso do poder público.

Fomos amigos e bebi de sua espiritualidade. Barbado, vestido com a roupa azul que lembrava um macacão, sandálias nos pés e mochila nas costas, o aspecto de Alfredinho não diferia do de um mendigo. Convidado a pregar o retiro dos franciscanos, em Campina Grande, chegou de madrugada e dormiu na escada da igreja do convento. Ao acordar, catou as moedas que encontrou em volta e bateu a porta. "Quero falar com o superior", disse ao porteiro. "O superior não pode atender. Está em retiro." Alfredinho tentou esclarecer: "Sim, eu sei, pois vim pregar o retiro." O porteiro já ia expulsá-lo quando Alfredinho foi reconhecido por um frade que passava.

Testemunhei fato idêntico em Vitória, nos anos 70. A cozinheira interrompeu meu jantar com dom João Batista da Motta Albuquerque para comunicar: "Um mendigo insiste em falar com o senhor." O arcebispo reagiu: "Diga a ele que espere, minha filha. Vou atende-lo após o jantar." Era o padre Alfredinho, que viera pregar o retiro do clero local.

Em 1988, Alfredinho mudou-se para a Favela Lamartine, em Santo André (SP). Passou a viver entre o povo da rua e a dedicar-se a confraria que fundou, a Irmandade do Servo Sofredor (Isso), hoje congregando pessoas consagradas aos mais pobres em dez Estados do Brasil e vários países. Sua trajetória espiritual entre os excluídos está narrada em seus livros, muitos traduzidos no exterior: A sombra do Nabucodonosor, A Ovelha de Urias, A Burrinha de Balaão, A Espada de Gedeão e O Cobrador.

No domingo, 13 de agosto, Alfredinho transvivenciou, acolhido por Aquele que era o seu caso de Amor. Deixou como herança o testemunho de que uma Igreja afastada do pobre é uma Igreja de costas para Jesus.

Frei Betto, escritor, é autor do romance sobre exclusão social Hotel Brasil (Ática), entre outros livros.

sábado, 24 de abril de 2010

O Evangelho Segundo o Senhor Barriga!


http://www.youtube.com/watch?v=Dd758IcR6h0&feature=related

Hoje dia 24 de Abril de 2010, as 07:00 da manhã, cheguei do trabalho e me deparei com
o episodio em que seu madruga é despejado pelo Senhor Barriga após 14 meses de aluguel
e na correria de arrumar os moveis para a mudança de casa, e no episodio eles encontram
um album de fotografias nostalgico da vida do Senhor Madruga, e os garotos, Kiko, Chaves e
Chiquinha veem que ele foi lutador de boxe na juventude, dai no decorrer do Episodio aparece
o Senhor Barriga, acredito que depois de muito refletir e passar ao publico do programa a importancia dos valores humanos, o Senhor Barriga diz ao Madruga que viu aquela luta de boxe
e que apostou um dinheirão que devia na época, e então o Barriga perdoa todos os meses de aluguel do Madruga e o deixa continuar na casa. Depois que assisti o episodio hoje de manhã refleti na frase de C.S.Lewis : Todos dizem que o perdão é uma idéia maravilhosa até que elas possuam algo para perdoar. E Ali o Senhor Barriga me ensinou algo, que se apegar ao que temos é nos afastar dos bons valores humanos, afastar do Evangelho Puro e Simples, o Episodio é apenas um programa humoristico de fato, mas são coisas pequenas assim que enriquecem nosso entendimento, faz vermos como somos pequenos, mesmo quando possuimos grandes coisas.
Queria deixar claro que hoje o Senhor Barriga me ensinou algo, Eu não sou o que tenho, não sou o que possuo e nem a conta bancaria em que me protejo.
Na oração de Jesus :"perdoai-nos as nossas dividas, assim como nós perdoamos a quem nos tem devido". Eu creio que tem que ser muito homem pra cumprir isso, pois a radicalidade do Amor de Jesus para conosco é extrema, amor que não podemos retribuir.
Queria hoje poder aprender com Senhor Barriga e dividir com quem lê esse artigo que possamos sempre refletir, sobre aonde está nosso tesouro, em quem ou o que temos confiado!
No final do video o Senhor barriga perdeu $$$$, mas ganhou muito, muito no carater pessoal e com Deus, sem contar que o Professor Girafales recebeu de bom grado a atitude do Barriga ao perdoar a divida do Madruga.

No Mais é só, pense nisso e que Deus desperte em nós o mesmo sentimento que despertou no Barriga.

Bem-aventurado são os Ateus!



Aos que estão lendo esse titulo, não se assustem, leiam tudo e compreenderão.
Estou caminhando para 10 anos de caminha com Cristo na estrada do Evangelho, e com muita
alegria gosto de compartilhar com meus manos queridos esse mesmo Evangelho.
Mas hoje quero falar de um publico diferente, os ateus, os pagãos, os não cristão, pessoas
que confessam outra fé, mas que andam lado a lado com Jesus. E como isso é possivél?
C.S.Lewis em sua fantastica obra Cristianismo Puro e Simples, afirma que a Biblia diz que
somente Cristo pode salvar um homem, mas não diz que só os que ouviram falar de Cristo
serão salvos. É por essas que afirmo convicto que tenho conhecido pessoas, das mais variadas
classes sociais, que andam com Cristo, e algumas sem nunca ter ouvido falar do Nome Dele.
Andar com Cristo é fazer o que ele fez, é amar o proximo, independente de religião, não é necessario seguir o cristianismo para andar com Cristo, pois Ele de fato escolhe com quem quer andar, mesmo que esse alguém desconheça seu carater, mas Cristo está lá.
Os que andam com Cristo são aqueles que abrigam o desabrigado, dão de comer aos faminto, dão de beber ao que tem sede, dão de vestir ao que tem frio, sim esses são os que mais se parecem com Cristo na terra. Mesmo que elas jamais tenham ouvido as palavras de Cristo. Pois Deus é poderoso para se revelar a quem ele quizer, pois as pedras estão clamando, sim estão, acreditem.
Quero chamar a atençaõ para o video postado de nome : " O Palido Ponto Azul"
Carl Edward Sagan nasceu em 9 de novembro de 1934 e morreu em 20 de dezembro de 1996, quando era casado com Ann Druyan, com quem escreveu diversos artigos, que alguns deles podem ser vistos em sua última obra, "Bilhões e Bilhões".
Sempre foi evidente que Carl Sagan se confessava ateu, mas esse era um homem que falava da GRAÇA sem conhecer o Dono Dela, veja o Video e note os valores que ele cita, nosso planeta foi fotografado pelo satelite Voyager 2 e a vista de nosso planeta é de um grão de areia numa imensa arena cosmica, e é ali que devemos nos preservar, pois nesse gigantesco espaço, estamos nós ali naquele insignificante grão perdido no cosmos, ali onde está nossa vida, nossos amados, e Sagan nos convida a amar uns aos outros a cuidar melhor de nosso semelhante, pois é aqui que estamos estabelecidos, na terra.
Quando vejo lobos em pelo de ovelha oferecendo uma vida facil e sem problema como um pacote
vendido na prateleira do supermercado eu brado:

Bem-aventurado são os Ateus!

Bem-aventurado os ateus, pois honestamente
não criaram um "cristo-mercadoria"
Aos Cristãos que criaram esse Cristo; Pedro disse:
MELHOR LHES TERIA SIDO JAMAIS CONHECEREM O
CAMINHO DA VERDADE.
Do jeito que a igreja e alguns cristão estão caminhando
na contra-mão do Evangelho, o melhor era ter continuado
Pagão, ou até ateus mesmo.
Pois desses Deus não leva em consideração o tempo da
ignorância.

Pare e pense nas palavras de Carl Sagan, pois elas só podem ter nascido da Graça de jesus.

Assitam o pequeno e rico video: O Palido Ponto Azul.

http://www.youtube.com/watch?v=EjpSa7umAd8

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Como Aprendi a gostar de Dostoiévski.


Por Ricardo Gondim

Falaram me bem do romancista russo Fiodor M. Dostoiévski e eu, curioso, comprei os irmãos Karamázov. A principio, não acostumado aos nomes dos personagens, não gostei da narrativa.
Mas logo deliciei-me com Dostoiévski, e hoje o considero um dos maiores escritores de todos os tempos.
IVAN, o personagem agnostico da familia Karamasov, era um grande inimigo do cristianismo. Para enriquecer seus argumentos e contestar seu irmão ALIÓCHA, um crente genuíno, ele criou a historieta do Grande Inquisidor. Ivan imaginou CRISTO voltando à terra, pela segunda vez em Madri, durante a inquisição.
Enquanto Jesus operava milagres, curando e ressucitando mortos, o cardeal da cidade, o Grande Inquisidor, reconheceu o Senhor e o prendeu. Na penitenciária, questionou Cristo para saber porque ele voltou. O Dialogo tornou-se tenso e cheio de revolta: "És tu, és tu? - Não recebendo resposta, acrescentou rapidamente: _ Não digas nada, cala-te. Aliás, que mais poderias dizer? Sei demais. Não tens o direito mde acrescentar uma palavra mais ao que disseste outrora. Porque vieste estorvar-nos?
O Sacerdote estravazou sua ira porque Cristo havia proposto uma liberdade diferente da pregada pela Igreja. Raivoso, alegou que "foram necessario 15 seculos de rude labor" para restaurar o estrago feito por Jesus e devolver aos homens o que ele considerava a verdadeira liberdade. Diante de Cristo manietado, continuou mostrando que a religião possuia uma liberdade maior que a de Jesus: " fica sabendo que jamais os homens se acreditaram tão livres como agora, e, no entanto eles depositaram a liberdade humildemente a nossos pés". O Grande Inquisidor então passou a ensinar para Jesus que seu maior erro foi acreditar que os seres humanos valorizam o livre-arbitrio. A Igreja teria corrigido essa falha. Tanto ele como seus colegas de sacerdocio vinham se esforçando por suprimir a liberdade proposta por Jesus como proposito de tornr os homens mais felizes.
O Grande inquisidor acusou Cristo de haver fracassado na tentação do deserto. Ele só recusara a proposta do diabo de transformar pedras em pão ( Mat 4:1-11), para não privar a humanidade de experimentar a verdadeira liberdade. Caso ele operasse o milagre, os homens teria a obrigação de se tornarem seus discipulos, pois a sobrevivencia dependeria de futuras intervenções divinas . Jesus achava que estaria comprando a lealdade dos seus seguidores a troco de pão. E a acusação do inquisidor concentrou-se em mostrar a inutilidade desta opção do Senhor, pois as pessoas não querem viver livres.
O Grande inquisidor usa do mesmo argumento quando afirma que Cristo errara ao abdicar a prerrogativa de pedir que Deus o livrasse fazendo-o aterrissar suavemente caso se jogasse do pináculo do templo.
Segundo o algoz sacerdote, era em vão querer discipulos por amor. As pessoas desejam seguir a Deus em troca de milagres e maravilhas. Elas negociariam sua liberdade pela segurança de um mundo previsível, sempre controlado por constante intromissão de Deus.
O religioso ainda declara que Cristo cometera um monumental deslize ao recusar a oferta do diabo de conquistar os reinos do mundo.
Bastava que Ele o adorasse por um instante e não haveria mais guerras, fomes ou injustiças no planeta. Os reinos pertenceriam a ele e a ordem estaria segura.
Ao ler Dostoiévski percebo tanto a universalidade como como contemporaneidade de seu pensamento. A religião anda na contra-mão do ensino de Jesus quando promete um mundo sem percaços e sempre previsivél. Quando "Os irmãos Karamazov" foi escrito, essa teologia utilitaria, que promete dourar a pilula da vida, ainda não se difundira tanto, mas foi amplamente denunciada. Jesus não quer ser amado pelo que Ele dá, mas pelo que Ele é.
Os evangelicos brasileiros precisam acordar para o cerne do Evangelho que não promete um mundo seguro, sem perigos e livre de sofrimentos. A boa noticia é que o Senhor se dispõe a nos acompanhar em qualquer circunstancia. Ouve-se frequentemente entre os evangelicos que Deus dará tudo o que seus filhos pedirem se, prostrados, o adorarem. Cuidade! Essa frase foi proferida por Satanas.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Breve História do SKinhead Reggae


Sempre que esse texto for arquivado, colocarei novamente a disposição dos que ainda não leram.

Um pouco sobre o skinhead reggae...

Essa história começa na segunda metade dos anos 60, simultaneamente em duas ilhas: Jamaica e Reino Unido. Em Kingston o mercado fonográfico estava á toda e a cada dia surgiam novos artistas tocando o ritmo local que acabava de surgir na ilha, o ska. Os artistas e selos estavam crescendo e seu campo de atuação também, e o ritmo local da ilha começou a se espalhar por outros cantos do mundo e em especial em outra ilha, o Reino Unido, mais precisamente na Inglaterra. A cultura mod, que trazia scooters, ternos alinhados e gosto pela música negra (R'n'B, Jazz e Soul) estava estourada na terra da rainha e os moleques ligados a essa cultura começaram a ouvir também, além dos ritmos negros norte-americanos, o ska, trazido pelas mãos dos imigrantes jamaicanos que vivam em terras inglesas. O novo ritmo jamaicano ganhou destaque no país e foi inclusive apelidado de bluebeat pelos locais, e deu nome ao selo inglês. Seguramente pode-se afirmar que se não fossem os mods o ska não alcançaria o sucesso que alcançou nas paradas inglesas e ao mesmo tempo pode-se dizer também que a cultura mod foi muito influenciada pelo ritmo jamaicanos (inclusive no visual, adaptando o pork pie dos rudies a vestimenta mod). Prince Buster foi o primeiro a emplacar um som no top 40 inglês, com Al Capone. Como já foi citado acima, sem os mods o ska não seria o que foi, e o mesmo se aplica ao reggae e aos skinheads. Com o passar do tempo a cultura mod foi se dividindo em dois... Hard mods e psicodélicos. Os mods mais psicodélicos, cabeludos, estudantes de moda que estavam começando a ouvir sons diferentes das origens da cultura mod. E os hard mods que iam ao estádio de futebol fazer arruaça, mais rueiros e briguentos, que a cada dia mais estavam envolvidos com a música jamaicana e que mais tarde ganhariam o apelido de skinheads por cortarem seus cabelos cada vez mais curtos em resposta aos mods psicodélicos e aos hippies que surgiam com seus discursos paz-e-amor. Nota-se que a cultura skinhead NADA tinha a ver com racismo, pelo contrário, eram garotos amantes da música negra e que só apareceram graças à essa música e à cultura mod... ISSO é a cultura skinhead ORIGINAL, tudo o que surgiu depois disso é plágio, e plágio mal feito! Enquanto isso, na Jamaica a música se modificava rapidamente e o ska já não tinha a mesma batida... A nova batida que surgia foi chamada de rocksteady e logo deu origem ao ritmo que fez a fama da ilha: O reggae - que teve seus anos de ouro na década de 60 até o começo da década de 70, com MILHARES de discos produzidos e surgimento de novos selos, não só na jamaica (Clement "Coxsone" Dodd e sua Studio One e Duke Reid com a Treasure Isle) como também na Inglaterra (Island e mais tarde Trojan Records que surgiria em parceria com a Island em 1968, Pama e muitas, mas muitas subgravadoras) . Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, o reggae não tinha nada a ver com o rastafarianismo no começo, as letras falavam basicamente do cotidiano dos artistas, citações a filmes, famosos da época, mas principalmente eram temas de amor... A musicalidade bastante característica, com teclados e riffs de baixo dando o compasso do som mostrava claramente que o novo ritmo era uma evolução do ska... E foi esse reggae que fez a cabeça dos moleques na Inglaterra na segunda metade da década. 66, 67... É nessa época que começa a febre do reggae no país. Novamente os imigrantes jamaicanos residentes na Inglaterra, mas desta vez junto com os skinheads foram os grandes responsáveis pelo estouro do ritmo na terra da rainha. Enquanto os skins iam as grandes lojas e pediam cada vez mais discos do novo ritmo, os jamaicanos faziam a mesma coisa nas lojas independentes e de pequeno porte que se instalavam nos bairros mais afastados e ambos pediam aos djs que o novo ritmo fosse tocado. Isso foi o que fez o reggae estourar. Nomes de artistas que residiam na Inglaterra há algum tempo e também de artistas que ainda viviam na Jamaica, como Laurel Aitken, Clancy Eccles, The Paragons, Toots and The Maytals, Desmond Dekker, Jimmy Cliff, The Heptones, Phyllis Dillon e até os Wailing Wailers (Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer) faziam esse tipo de reggae, que mais tarde foi denominado "Skinhead Reggae" (pela razão óbvia de terem sido os skinheads os maiores fãs desse ritmo na época) ou "Early Reggae". E assim como os moleques de Londres sabiam da existência dos seus músicos favoritos, os músicos da Kingston começaram a saber da existência dos garotos de cabeça raspada que veneravam a música jamaicana. Isso fez com que vários produtores ingleses começassem a fazer reggae na Inglaterra, 100% produzido por lá do mesmo jeito que Coxsone fazia na Jamaica, com uma banda "padrão" para o estúdio da gravadora ou do produtor e artistas indo e gravando o vocal (na época graças as milhares de subgravadoras, cada produtor tinha seu próprio selo e até os seus "allstars" como é o caso de Hot Rod All Stars, Joe's All Stars e Pama Dice) e fez também com que os artistas começassem a escrever temas para os skinheads, como "Skinheads a bash them" escrito por Laurel Aitken e interpretado por Claudette and The Corporation, que nada mais é que o Symarip com a Claudette cantando, "Hooligan" dos Wailing Wailers, e até mesmo músicas instrumentais mas com títulos que sugeriam a ligação, que é o caso de "Skinheads don't fear" dos já citados Hot Rod All Stars... A banda Symarip, também conhecida como Pyramids ou Seven Letters, que fazia reggae na época lançou inclusive um disco intitulado "skinhead moonstomp" (o mais conhecido e aclamado pelo grande público, mas longe de ser o melhor), que trazia do começo ao fim músicas citando a subcultura inglesa... Uma jogada e tanto, já que o reggae já estava estourado no país graças aos "homenageados"... Na Inglaterra começavam a surgir artistas tocando o som vindo da jamaica, com destaque para os produtores e também músicos Dice The Boss, Joe The Boss e Joe Gibbs, mas também para Judge Dread, o primeiro branco a emplacar um hit no top de reggae, já nos 70. Em 1969 a cultura skinhead alcançou seu auge... Uma moda desde os bairros mais pobres até os mais fartos que se espalhou pela Inglaterra e trazia com ela o amor pela música negra, principalmente jamaicana. Com o passar do tempo a cultura skinhead foi "evoluindo" e a partir dos anos 70 foram surgindo novos "tipos" de skinhead, o suedehead, o smoothie e aos poucos a moda skinhead foi passando na Inglaterra. O reggae também não era mais o mesmo. Nas terras da rainha, o reggae estava cada vez mais estourado e popular, ganhando gravações com orquestras e sob novas influências da década que surgia virou o Club Reggae. Enquanto isso, nas ruas de Kingston, o rastafarianismo se popularizava cada vez mais e vários artistas começaram a misturar temas religiosos a sua música... Assim nascia o roots reggae, mas isso já é outra história...

"Sertanejos do nordeste, caboclos da Amazônia, crioulos do Litoral, Caipiras do Sudeste e centro do País, gaúchos das campanhas sulinas, além de Ítalo-brasileiros, Teuto-brasileiros, Nipo-brasileiros e etc..."

Darcy Ribeiro, descrevendo nossas raizes em o Povo Brasileiro.
"Morre lentamente...
quem não lê
quem não viaja,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Pablo Neruda, Poeta Chileno.
"Eu venho de uma escura província, de um país separado dos outros pela cortante geografia. Fui o mais abandonado dos poetas e minha poesia foi regional, dolorosa e chuvosa, mas sempre mantive confiança no homem. Jamais perdi a esperança. Talvez por isso cheguei até aqui com minha poesia e também com minha bandeira".

Pablo Neruda